Viva Bariloche, cidade junto a Cordilheira dos Andes

Com alta gastronomia e com uma paisagem digna de cartão-Postal, próxima a lagos e montanhas nevadas, a cidade argentina atrai milhares de turistas todos os anos

Imagine aquele cenário de cartão-postal: montanhas nevadas, árvores que mudam suas cores ao longo do ano – indo do verde aos tons avermelhados e amarelados -, lagos cristalinos, construções que lembram algum país da Europa e muita atividade para praticar. Essa é San Carlos de Bariloche, ou apenas Bariloche, como é carinhosamente chamada. É impossível ficar indiferente diante de tanta beleza e hospitalidade.

Em qualquer estação do ano, a cidade que fica no parque nacional Nahuel Huapi, junto da Cordilheira dos Andes, que é a maior cordilheira do mundo em extensão, é um cartão-postal a céu aberto na província de Rio Negro.

Andar pelas ruas de Bariloche ou desfrutar as atrações fora da área urbana do município é um convite para expandir suas sensações, pois são texturas, aromas, sabores e paisagens de tirar o fôlego. Você não vai se cansar de fotografar e dizer “uau” nessa cidade que tem pouco mais de 130 mil habitantes.

O início de tudo

A história de Bariloche começou em 1876, quando Francisco P. Moreno, que era um perito em topografia, começou a andar pela região. Ele teria se juntado a comunidades indígenas e ajudado a intervir na demarcação das terras. Como agradecimento, ganhou terras pelos serviços prestados ao povo indígena e ao país. Todavia, em 1903, ele doou essas terras para a criação do primeiro parque nacional da Argentina. Perito Moreno, como ficou conhecido, morreu aos 67 anos, e os restos mortais estão na ilha Centinela, no lago Nahuel Huapi, bem próximo a Bariloche.

Em 1934, o turismo ficou mais forte depois que uma ferrovia chegou à região. De lá para cá, o município evoluiu e, hoje, além de atividades ao ar livre, Bariloche tem uma vida noturna bastante agitada. A cidade ficou tão famosa que não é incomum ouvir outros idiomas (além do espanhol que é o oficial por lá) pelas ruas.

A gastronomia é variada e atende aos mais diversos paladares. São servidos de peixes a queijos, de carnes de caça a defumados, incluindo o chocolate, que é famoso por lá.

E se você já está pensando em fazer as malas e aproveitar o inverno nesse destino, saiba que redes de hotéis de nível internacional, pousadas, hospedarias e campings estão prontos para atender aos turistas. É só escolher qual estilo se adequa ao seu e viver a experiência.

Ainda, a cidade é tão importante que ela foi escolhida como capital argentina do turismo de aventura em 2012. Já em 2015, foi escolhida como capital nacional do chocolate – ou seja, o chocolate é (muito) importante para o lugar.

Inverno em Bariloche

No dia 21 de junho, o inverno chega ao hemisfério sul do planeta. E essa é a estação de maior movimento em Bariloche. Com diversas atividades ligadas à neve, o município tem opções para todas as idades.

Por lá, os turistas encontram o Morro da Catedral, o maior centro de esqui do hemisfério sul. São pelo menos 1,2 mil hectares para esquiar. Com teleféricos e outros meios de subida, os equipamentos levam cerca de 28 mil pessoas por hora para o topo do lugar.

E é na época mais fria que Bariloche se transforma em uma das maiores atrações da Argentina, e por que não falar da América do Sul?

No inverno é possível praticar esportes como esqui, snowboard, esqui nórdico, além de passeios de quadriciclos e trenós.

Quem é novo em atividades de inverno pode se aventurar em colinas menos íngremes, mas aqueles que já dominam as técnicas podem utilizar pistas mais desafiadoras.

Contudo, para começar, a sugestão é iniciar pelo Circuito Chico, que é um dos principais passeios e que conta com algumas paradas, como Punto Panorámico, Hotel Llao Llao, Fábrica de Rosa Mosqueta, Cerro Campanário e Capela de San Eduardo. Durante o trajeto, que dura em torno de quatro horas, o turista poderá ver lagos, montanhas e bosques que compõem a paisagem.

Atrações e Gastronomia

É na rua Mitre, na região central, onde fica a maior parte do comércio de Bariloche. Ali estão os restaurantes, as lojas de artesanato, os bares, as livrarias, as casas de música, as galerias e as “chocolaterias”.

Se você gosta de música para animar a sua vida, em Bariloche existem várias opções. Na região central da cidade, é possível curtir os mais diversos ritmos.

O seu roteiro de viagem precisa de uma rota de cerveja? Se a resposta for sim, fique sabendo que Bariloche é “o lugar”. São pelo menos 25 empreendimentos, entre fábricas e bares. As cervejas artesanais são produzidas há 100 anos no município.

Nas ruas Juramento, 20 de Febrero e Elflein, concentram-se a maioria dos lugares que oferecem a bebida. Ainda, há a opção de contratar um tour pela cidade para conhecer a chamada “Rota da Cerveja”.

Junto dessa amada bebida alcoólica, também é importante encontrar um acompanhamento saboroso para comer. E os amantes da boa gastronomia contam com cordeiro e trutas que estão no cardápio da maioria dos restaurantes.

As casas de chá também fazem sucesso. Nada como um chazinho quente para se aquecer nos dias de inverno. A avenida Bustillo é o lugar para quem gosta de degustar essa iguaria, que vem sempre acompanhada de pães, bolos e scones (pães típicos da Grã-Bretanha).

Lembra que falamos que Bariloche é a capital argentina do chocolate? É quase um ritual. Quem vai a Bariloche precisa experimentar os que são produzidos na cidade. Nas chocolaterias, é possível ver o processo de fabricação e, claro, adoçar um pouco a vida comprando e degustando essa maravilha. Na cidade, inclusive, existe até um museu dedicado ao chocolate, que fica na avenida Bustillo 1158. Vale a pena visitar!

Outras Diversões

Arvorismo já imaginou poder ver a paisagem de Bariloche de cima? É isso que essa atividade lhe proporciona. Com cerca de duas horas de duração, a atração pode ser feita por crianças a partir de quatro anos (acompanhadas de instrutor). Crianças com menos de quatro anos e gestantes não podem participar.

Mergulho os corajosos que não se importam com a temperatura baixa da água poderão se aventurar em mergulhos nos lagos da região. O lago Moreno e o lago Nahuel Huapi, além da passagem que liga os dois, são locais conhecidos pelos turistas. Explorar o que existe embaixo do espelho d’água pode surpreender.

Cavalgadas desbravar os arredores de Bariloche em cima de um cavalo também pode ser uma experiência inesquecível. Os passeios são guiados e indicados para toda a família, inclusive para as crianças. Durante o passeio, além de toda a paisagem, será possível ver animais que compõem a fauna local.

Clube de Caça e Pesca se você gosta de pescar, a Associação de Caça e Pesca em Bariloche é uma boa pedida. O local conta com trutas recheadas e tem ainda a Truta Marrom, que é a maior pescada na região, podendo pesar 16 quilos e medir quase um metro de comprimento.

Feiras Bariloche conta com algumas feiras que fazem sucesso entre os turistas. As mais conhecidas são: a Feira Municipal, que funciona todos os dias, das 10h às 20h; a Feira Artesanal Municipal e a Feira Asociación Amas de Casa, que recebem turistas de segunda a sábado, das 10h às 20h.

Além dessas atividades, Bariloche oferece canyoning, caminhadas, rafting, stand up paddle, voos de parapente, navegação, mountain bike, kitesurf, caiaque, passeios de trem e escaladas. Um mundo de possibilidades ao longo do ano para os mais variados públicos.

Horários

Fique atento aos horários de funcionamento de comércios e serviços na cidade. Ainda de acordo com o site do governo argentino, a maioria dos comércios abrem de segunda a sábado, das 9h às 13h e das 16h às 21h. Aos domingos, funcionam de 18h às 21h. No caso das agências bancárias, elas funcionam de segunda a sexta, das 8h às 13h.

Você sabia?

No inverno, os dias são frios com precipitações de neve. As temperaturas oscilam entre 0 e -10 oC, podendo variar para mais ou menos dependendo do ano.

É recomendado que se use pelo menos três camadas de roupas, com materiais adequados para suportar o frio, a umidade e o vento.

Se for dirigir algum veículo, é importante usar fluido anticongelante. Também não acelere e freie bruscamente. Se for preciso, utilize correntes nos pneus para mais estabilidade do veículo.Em Bariloche, a voltagem é 220V e as tomadas são do tipo I.

Os supermercados não fornecem sacolas plásticas.

Os estacionamentos na cidade são pagos. Eles podem ser pagos utilizando o aplicativo SEM Bariloche. Outra forma de efetuar o pagamento é encontrar os vendedores nas ruas ou comprar o ticket em algum quiosque autorizado.

O que levar na mala?

Segundo site de informações do governo argentino, alguns itens devem fazer parte da sua mala. Confira:

 No verão: protetor solar; óculos de sol; creme hidratante; chinelos confortáveis; calçado tipo sandália aberta; traje de banho; calças curtas e compridas; uma jaqueta quente; casaco de lã e uma mochila média.

 No inverno: gorro de lã, cachecol e luvas; camiseta térmica; muitos pares de meias; sapatos confortáveis; botas impermeáveis ??e quentes para usar ao ar livre, na neve; um bom casaco quente, bem hermético e impermeável; calças impermeáveis; casaco de lã; roupas confortáveis ??para dentro de casa; óculos de neve e uma mochila média.

Guia de viagem

Como chegar: os voos para Bariloche funcionam durante todo o ano. Saindo de Buenos Aires, os mais conhecidos são Jetsmart, Flybondi e Aerolíneas Argentinas. Para quem quer se aventurar e ir de carro ou ônibus saindo de Buenos Aires, são pouco mais de 1.500 quilômetros.

Quando ir: Bariloche tem atrações o ano todo, mas a alta temporada de inverno, que é a mais conhecida e esperada pelos turistas, vai de maio a agosto. A neve deixa o cenário todo especial para quem gosta de ver tudo branquinho.

Hospedagem: o turista que procurar Bariloche deve saber que as principais acomodações ficam no centro da cidade, na Avenida Bustillo e também no Cerro Catedral. A cidade oferece de hotéis de luxo a hostels. É só escolher.