Uma dose de café

 Uma dose de café

O café é versátil e pode render diversas receitas de bebidas que o torna tão querido por diferentes públicos e agradável a variados paladares

Para despertar e dar aquela energizada no comecinho da manhã, focar no trabalho ou estudos, acompanhar uma reunião de negócios ou receber visitas para bater um papo no finalzinho da tarde, o café é uma companhia indispensável. Esta paixão se reflete no consumo. Segunda bebida mais consumida aqui no Brasil, perdendo apenas para a água, os brasileiros consomem uma média de três a quatro xícaras por dia, o que chega a 5,8 quilos ao ano, segundo estudo realizado pela plataforma Cupom Válido, com dados da Organização Internacional do Café (OIC) e Dieese.

O tipo queridinho de café por aqui é o “espresso”, seguido pelo café com leite, conhecido popularmente como “pingado”, e pelo cappuccino, que completa o pódio. E é justamente esta versatilidade de preparações que o café proporciona que o permite ser tão indispensável no dia a dia. A adição de simples ingredientes pode render inúmeras receitas. O café pode ser servido em sua versão tradicional, quentinha, ou até mesmo gelada, combinado a leite, sorvetes, chocolate e muito mais, sem contar as opções alcoólicas.

Café puro e do bom

Aqui no Brasil, as formas mais tradicionais de se consumir o café são em sua versão coada e espressa, sendo esta última mais concentrada e amarga. “Quando falamos do Brasil, o café ‘espresso’ (com esta grafia, porque deriva da palavra esprimere, ou spremuto, em italiano, que significa café espremido, porque é isso que a máquina de café faz: passa a água quente sob pressão no pó que está no porta-filtro) só se propagou em nosso país depois das mudanças no padrão de qualidade do grão. Então, podemos dizer que para um bom café espresso, eu preciso de um grão de café de qualidade”, explica Concetta Marcelina de Prizio, docente do curso de Barista do Senac São Paulo e autora do livro “Sou Barista”, da Editora Senac.

Partindo-se da base do espresso, podemos obter algumas variações da bebida apenas dosando as concentrações de água e café.

O “ristretto”, por exemplo, conhecido como café curto, é um expresso altamente concentrado, que leva a mesma quantidade de pó de um expresso convencional, mas é extraído com um volume menor de água, o que resulta em uma bebida megaencorpada, com características mais acentuadas e consistentes e intensificado em todos seus atributos. Por outro lado, o “americano” é uma variação mais diluída da bebida, resultante da proporção de um terço do espresso para dois terços de água quente. Com isso, temos um café mais suave, com aroma típico e sabor agradável.

Sanfona #1

Ingredientes

• Gelo
• 50 ml de café com extração a frio (cold brew)
• 10 g de abacaxi desidratado
• 75 ml de gin
• 1 g de pimenta rosa
• 1 lata de água tônica

Modo de Preparo

Em uma taça de vinho, monte o drinque na ordem dos ingredientes, completando a taça com a água tônica.

Acrescentando cremosidade

Por falar em agradar, as criações de café que levam leite são difíceis de decepcionar. “A gordura presente no leite e sua combinação com o café traz uma experiência sensorial mais agradável ao paladar de quem não está acostumado ao espresso.” Neste time, temos o famoso cappuccino, o machiatto e o latte.

O que leva a menor quantidade de leite é o “machiatto”, que consiste em um espresso que leva apenas espuma de leite vaporizada por cima. Esta espuma minimiza o amargor do café, proporcionando um expresso de sabor mais suave. Já no “latte”, as proporções são invertidas, sendo uma receita que leva apenas uma dose de espresso e é completada com leite, sendo este mais perceptível no paladar que o próprio grão.

O “cappuccino”, por sua vez, leva doses equilibradas das duas bebidas, além da espuma do leite, sendo que a proporção é de 1/3 para cada uma delas. Assim, garante-se uma bebida equilibrada, com consistência cremosa e espuma densa. Há quem também prefira incrementar com chocolate e/ou canela, por exemplo.

Falando em chocolate, o “mocaccino” – também conhecido como mocha –, além dos ingredientes básicos para a criação de um cappuccino, leva calda de chocolate ao fundo da xícara, o que implica em uma menor quantidade de leite em sua receita.

Café gelado? Por que não?

Perfeito para o nosso clima ou para as estações mais quentes do ano, os cafés gelados têm despertado o interesse de amantes da bebida e até atraído um novo público.

Um Iced Coffe é filtrado normalmente, em alta temperatura, no método de sua preferência, mas passa por um processo de resfriamento, que pode ser com o acréscimo de cubos de gelo, por exemplo. Isso o difere do Cold Brew, que também é um café gelado, porém com um método mais específico de preparo. Neste, a infusão do pó é feita com água fria – o que exige um maior tempo de contato entre os dois (no mínimo, 12 horas). “Diferente da bebida feita com água quente sob o pó moído, a extração a frio diminui o risco de haver fermentações indesejadas no preparo. O resultado será uma bebida bastante aromática, notas florais e frutadas, maior concentração de cafeína e menor acidez”, diz Concetta Marcelina.

O frappé (ou frapê) é uma bebida geladinha com café já popularmente conhecida. Criada na Grécia, a receita que faz sucesso nos dias quentes do mundo todo é preparada com a versão solúvel, leite e gelo, e batida em um mixer ou liquidificador. Como resultado, uma bebida cremosa, espumadinha e refrescante. Além disso, também é possível encontrar, hoje, versões geladas do cappuccino, do latte, do mocha, entre outros.

Frapê de Café 

Ingredientes

• 1 lata de leite condensado
• 2 colheres (sopa) de café instantâneo em pó
• 1 forma de gelo
• 4 bolas de sorvete de creme

Modo de Preparo

Bata no liquidificador o leite condensado com o café, o gelo e meia xícara (chá) de água. Coloque as bolas de sorvete em copos altos. Cubra com a mistura batida e decore.

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