“Ordem Vermelha: Crianças do Silêncio” aposta em reviravoltas e sequências de ação mais intensas [RESENHA]

 “Ordem Vermelha: Crianças do Silêncio” aposta em reviravoltas e sequências de ação mais intensas [RESENHA]

Capa de Ordem Vermelha: Crianças do Silêncio. (Foto: Divulgação)

Após seis anos, a duologia “Ordem Vermelha” chegou ao fim com o lançamento do segundo livro pela Editora Intrínseca em dezembro 

Quem esperou anos pela continuação da série “Ordem Vermelha” pode comemorar! Intitulado “Ordem Vermelha: Crianças do Silêncio”, o livro, que é o responsável por encerrar essa saga, chegou às livrarias pela Intrínseca em dezembro. Indicada na revista de bordo da Levare, a obra é de autoria do brasileiro Felipe Castilho, em co-criação com Rodrigo Bastos Didier e Victor Hugo Sousa

Mais uma vez, os personagens icônicos do primeiro livro estão de volta para uma aventura ainda mais assustadora. A continuação aposta em reviravoltas que deixam o leitor boquiaberto, esperando pelo próximo plot-twist. Novamente, um grande acerto de Castilho

A aguardada sequência de Ordem Vermelha

Como abordamos na resenha de “Ordem Vermelha: Filhos da Degradação, é um enorme desafio resumir a história tão minuciosa de Castilho, porque o detalhismo trazido pelo escritor é impecável. 

Desde o primeiro livro da duologia, o autor mostra sua preocupação em apresentar cada detalhe desse universo complexo de “Ordem Vermelha“. E nada parece desprendido em relação ao todo da narrativa. Além disso, como a história conta com muitas reviravoltas, não queremos dar nenhum spoiler, apenas convencê-lo de que vale a pena finalizar esta duologia. 

Mas, falando de modo geral, neste segundo momento da narrativa, os leitores vão acompanhar as dificuldades de Aelian, Raazi, Venoma e Harun fora dos portões de Unthreak, ou seja, novas criaturas, novas batalhas, novos segredos.

Vale lembrar que, ao final de “Filhos da Degradação”, devido a um contratempo durante a batalha final, Aelian acaba tomando outro rumo, oposto ao que Raazi, Venoma e Harun seguiram. Assim, o protagonista precisará enfrentar o desconhecido apenas com os seus aliados Thrul (o betouro) e Bicofino (o falcão). 

Muito mais ação

Se você gosta daquelas sequências de ação que faz você ficar supertenso, como se você fizesse parte da narrativa, “Crianças do Silêncio” vai atender às suas expectativas. 

Como os personagens vão precisar lidar com desafios em meio a um universo totalmente desconhecido, a narrativa traz uma série de sequências de ação muito bem-construídas. Elas são intensas e constantes, aparecendo com uma frequência considerável. É interessante que elas parecem ter o objetivo de eletrizar ainda mais o leitor em relação ao que ainda vem pela frente. 

Embora as lutas já aparecessem no primeiro volume, elas se tornam mais frequentes em “Crianças do Silêncio”. Ou seja, neste novo momento da narrativa, Castilho consegue deixar o leitor ainda mais apreensivo com o futuro dos personagens e de Unthreak. 

Castilho acerta o tom dessas batalhas; são complexas, mas não chegam a ser cansativas no que diz respeito à leitura. O autor combina as reviravoltas, as lutas, as descobertas de novos segredos e os desenvolvimentos dos personagens de maneira assertiva.  

Novo momento para os personagens

Falando em personagens, é preciso destacar o desenvolvimento dos três grandes protagonistas desta história: Raazi, Harun e, principalmente, Aelian

Ao longo dos capítulos, cada uma dessas figuras vai encontrar sua ‘missão’ e entender o seu papel neste universo. Com isso, vão buscar alternativas para que não apenas sejam seres melhores para o seu povo, mas heróis que lutam pelo o que acreditam. 

São por meio desses bons desenvolvimentos que o leitor estreita seus laços com esses grandes personagens que, desde o primeiro momento, mostram-se icônicos e marcantes. Cheios de camadas, eles são figuras densas e que dão o tom adequado para a narrativa como um todo. Raazi, Harun e Aelian certamente farão falta!

Reviravoltas chocantes

É curioso como “Crianças do Silêncio” é aquele livro que mostra que o “buraco é sempre mais embaixo”. Nada é o que você espera e tudo parece revelar o quão complexo é o desafio para que haja uma sociedade justa e ideal para a convivência de todos os seres. Com isso, o leitor se depara frente a uma gama de reviravoltas que vão deixá-lo boquiaberto. 

Um ponto interessante é que alguns capítulos são responsáveis por inserir partes da narrativa que ainda não haviam sido reveladas. Com isso, gradualmente, o leitor consegue ir juntando as peças desse assombroso quebra-cabeça, mesmo que ele seja surpreendido ao final. 

Vai deixar saudade!

O livro tem muitas páginas, mas, novamente, é daqueles que você quer devorar até ele acabar. A ótima escrita de Castilho torna a leitura fluída, e o autor aposta em recursos que facilitam a fluidez. Assim como no primeiro volume, a obra tem parágrafos curtos e, dessa vez, está dividida em seis partes, além dos capítulos. 

Certamente, esse universo icônico vai deixar saudade. No entanto, o autor encerra a duologia de forma satisfatória e não deixa a desejar. Mas, se ele decidir trazer mais um pouquinho de Raazi, Aelian ou Harun, também é fato que vamos amar! <3

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