Mamma Mia!
- Gastronomia
- fevereiro de 2022
Ingredientes simples, naturais e de sabores marcantes são característicos nos pratos da gastronomia italiana, que conquistou todos com suas deliciosas massas
Os vinhos, os queijos e as massas da Itália já conquistaram o mundo. Pizzas, lasanhas, uma boa macarronada à bolonhesa se tornaram unanimidade em muitos menus de restaurantes e em reuniões de família ao redor da mesa.
A cozinha italiana é bastante diversificada, sendo que cada região possui características culinárias próprias. Além das diferenças gastronômicas entre o sul e o norte, dentro da mesma região se encontram diferenças históricas – devido aos povos que passaram no local, geográficas e climáticas, determinando os tipos de produtos elaborados que, por sua vez, constituirão os ingredientes dos pratos tipicamente regionais. Deste modo, é uma gastronomia que se mostra notável pelo risoto da Lombardia, pela massa carbonara de Roma ou pela tradicional pizza de Nápoles.
Na gastronomia do norte da Itália, predominam produtos de influência francesa, austríaca e húngara, com o emprego de muitos produtos derivados do leite, enquanto que no sul, predominam os de influência árabe, com o uso de muito molho de tomate, pouca carne bovina e muita carne de coelho, ovina, caprina e suína.
No sul do país, também se destaca a culinária siciliana. A ilha oferece uma mistura da culinária italiana continental com influências da Arábia, da Espanha e da Grécia Antiga. É nesta região que o marisco domina e que encontram-se as melhores massas de berinjela que o país tem a oferecer.
Dentro do cenário gastronômico italiano, também há a cozinha mediterrânea. “A culinária italiana mediterrânea, por ser na costa marítima, utiliza ingredientes mais leves, muito peixe, frutos do mar, azeite, legumes, ervas frescas, azeitonas, gengibre, laranja, entre outros”, explica o chef Sergio França, do Restaurante Des Cucina.
Ingredientes
A gastronomia italiana celebra muito a preparação de seus pratos, de modo que as carnes apareçam como algo secundário ao que foi produzido.
Em geral, as refeições atuais contam com entrada, prato principal, acompanhamento e café, uma finalização característica italiana. Sobre a entrada, uma refeição típica da Itália começa com um grande prato de antepasto (frios, embutidos, anchovas e cogumelos).
Os ingredientes utilizados na preparação da comida italiana possuem sabores tão marcantes que são utilizados em pouca quantidade e variedade em cada prato. Até mesmo preparações mais distintas, como o saboroso molho pesto de Gênova, necessitam de poucos ingredientes: manjericão, azeite, queijo, castanhas (pinoli) e alho.
“Queijos de vários tipos como Burrata, Mascarpone, Brie, Gorgonzola, não podem faltar, para compor saladas, fondutas e até sobremesas. Massas são as estrelas da culinária italiana: lasanha, papardelli, ravióli, gnocchi, strozapretti, agnolotti, tortellim tagliatelli. Arroz arbório e outros tipos de arroz italiano para os risotos e tomate fresco para um molho apurado, berinjela, pimentão, abobrinha, alcaparras e cogumelos, entre outros”, comenta o chef Sergio França.
O chef ainda comenta que, embora os pratos de massa sejam o destaque desta culinária, os peixes, frutos do mar e carnes assadas também não podem faltar no cardápio. “Nos pratos, a boa combinação é da proteína com uma massa, um risoto, um purê, resultando numa refeição completa e muita saborosa, com todas as características da culinária italiana. As sobremesas também são um atrativo e procuramos sempre oferecer opções tentadoras como o típico Zucotto de laranja e o Semifreddo de Mascarpone.”
Um pouco de história
A riqueza da cozinha italiana é, sem dúvidas, consequência dos vários povos que passaram pela península itálica através dos séculos e lá deixaram sua marca. Uma das etnias que mais influenciaram na formação dessa cultura foram os árabes, que, a partir do século IX, principalmente na Sicília, implementaram a culinária local com o açúcar, o arroz, a canela, o açafrão, a berinjela e os doces de marzipã. Além disso, transmitiram as técnicas de produção de figos secos e passas.
A partir de 1600, os espanhóis também contribuíram para a culinária, principalmente com novos produtos originários da América como, por exemplo, o tomate, a batata, o feijão, o milho, o cacau, o rum e o café. Os franceses agregaram à culinária italiana a utilização de pratos com produtos derivados do leite, como manteiga e creme de leite. Enfim, com a imigração dos italianos para a América (Nova York, Buenos Aires e São Paulo), a partir de 1900, a Itália exportou sua culinária, principalmente com os napolitanos, que passaram a divulgar a pizza e o famoso “spaghetti al sugo”, pratos conhecidos e apreciados em todo o mundo.
Ingredientes
Para o molho
• 400 g de tomate fresco
• 2 colheres (sopa) de azeite
• 1 colher (sobremesa) de açúcar
• 3 dentes de alho
• Folhas de manjericão
• Sal, pimenta-do-reino e queijo parmesão a gosto
Modo de Preparo
Retire a pele e as sementes dos tomates e corte em cubos pequenos. Refogue os dentes de alho em um fio de azeite, coloque o tomate, tempere com sal e pimenta, e então corrija a acidez do tomate com o açúcar, se necessário. Adicione as folhas de manjericão, apure em fogo baixo e então peneire.
Ingredientes
Para o nhoque
• 200 g de espinafre fresco picadinho
• 200 g de ricota fresca
• 100 g de farinha de trigo
• 50 g de farinha de sêmola
• 1 ovo
• Sal, pimenta e noz-moscada a gosto
Modo de Preparo
Coloque todos os ingredientes sobre uma bancada e sove a massa até que fique homogênea. Modele a massa em rolos com cerca de dois centímetros de espessura e então corte cubos pequenos. Cozinhe em água fervente e salgada, quando subirem à superfície, retire com a ajuda de uma escumadeira e então misture com o molho. Para finalizar, sirva o nhoque no prato, rale o queijo por cima e decore com as folhas de manjericão.