Economia e sustentabilidade
- Estilo de vida
- julho de 2022
Patinetes, bicicletas e motos elétricas são opções que cresceram expressivamente nos últimos anos e representam um importante convite à economia e sustentabilidade
Muitas discussões sobre as tendências da mobilidade urbana pautam os veículos elétricos, vistos, muitas vezes, como o futuro. Nos últimos anos, patinetes, bicicletas, scooters e motos movidos a eletricidade já passaram a fazer parte do trânsito brasileiro, mesmo que encontrados em menor escala se comparados aos veículos de combustão.
Os modelos de duas rodas elétricos são alternativas interessantes, isso porque, além de ajudar a fugir do trânsito, não têm o mesmo impacto para o meio ambiente, poluindo menos e emitindo menos ruídos. Atualmente, no Brasil, já existem algumas opções disponíveis no mercado — dos modelos “simples” de patinetes com assentos até as elegantes scooters urbanas, que exigem inclusive a carteira de habilitação da categoria A.
Dados da Federação Nacional Distribuição Veículos Automotores (Fenabrave), datados até maio de 2022, mostram que 3.062 motos do tipo no Brasil (incluindo triciclos e scooters) foram emplacadas neste ano. Os números explicitam um crescimento de cerca de nove vezes ou superior a 878% quando comparado ao período homólogo em 2021 (313 unidades).
A partir dos relatórios da Fenabrave, é possível notar como esses números refletem essa tendência devido ao aumento considerável dos preços dos combustíveis. Contudo, vale ressaltar que há, também, um forte apelo ecológico em relação aos motores a combustão, visto que são alternativas menos poluentes.
Conforme os dados da Fenabrave mostram, as motos elétricas ainda representam um baixíssimo percentual do total de motos emplacadas em solo brasileiro, com apenas 0,59%. Mas, de fato, a crescente se deve para além do fato da economia, com muitos brasileiros considerando os impactos ecológicos e optando por um veículo que seja mais amigo do meio ambiente.
Quais as vantagens dos veículos elétricos?
Além de ser uma opção mais sustentável, os veículos elétricos contam, também, com múltiplas vantagens, sendo a economia o seu principal destaque. Por ser elétrico, não é necessário ficar refém da crescente dos preços dos combustíveis.
Há, ainda, um baixo custo de manutenção se comparado aos veículos tradicionais por não ser necessário ter custos com troca de óleos e filtros — isso sem contar que esses modelos possuem menos peças. Facilidade para estacionar e mais praticidade para a rotina nos centros urbanos também estão entre os principais benefícios. Vale lembrar que algumas opções não exigem a CNH da categoria A, possibilitando que até mesmo os brasileiros sem a habilitação possam ter seu próprio veículo elétrico.
Diferença entre bicicletas, patinetes e motos elétricas
Em geral, os diferentes modelos apresentam divergências relacionadas à potência do motor e autonomia da bateria. Assim como acontece com as motos movidas a gasolina ou etanol, em caso de maior potência ou com espaço para mais carga, maior será o preço do veículo elétrico. Confira as diferenças entre os principais modelos:
Patinetes: mesmo para os patinetes, o Conselho Nacional de Trânsito (Contran) exige o uso de capacete. Bem comuns em grandes cidades como São Paulo, esse modelo conta com um guidão elevado até a cintura, fácil de equilibrar. Este veículo só pode transportar uma pessoa, e é proibido levar cargas acima de 5 kg. Ainda, ele precisa conter indicador de velocidade, sinalização noturna e buzina para evitar acidentes.
Bicicleta: as bicicletas podem causar algumas confusões. Segundo o Contran, uma bike é considerada elétrica quando o veículo tem uma potência máxima de 350 Watts, velocidade máxima de 25 km/h, além de ser dotado de um sistema auxiliar responsável pelo funcionamento do motor somente quando o condutor pedalar — o “pedal assistido”.
Já a Mobylette elétrica traz acelerador e, conforme relata o Contran na resolução 947, ela não pode ser enquadrada como bicicleta, passando a ser classificada como um ciclo elétrico.
Ciclo Elétrico: para ser considerado um ciclo elétrico, o veículo excede as especificações de uma bicicleta elétrica. Consequentemente, exigem que o condutor tenha ACC (Autorização para Conduzir Ciclomotor) ou Carteira Nacional de Habilitação (CNH) da categoria A. O capacete é obrigatório para esse modelo, sujeito à multa.
Moto elétrica: as motos elétricas são semelhantes aos modelos a combustão, seguindo exatamente as mesmas regras das tradicionais. Portanto, há a necessidade de emplacar, ter a CNH da categoria A para a condução e usar os equipamentos para proteção do condutor.
Scooter: embora seja muito semelhante às motos elétricas, um design de uma scooter é bastante clássico. Seu modelo elétrico apresenta câmbio automático, baixo peso, espaço sob o banco, desempenho modesto, rodas pequenas e suspensões de curso menor.