A multiplicação da arte
- Arquitetura
- julho de 2022
Técnica de impressão projetada para dar qualidade à reprodução de pinturas, gravuras e fotografias, fine art aparece como opção viável para fãs de arte
A presença de uma obra de arte exposta na parede da sala, no escritório, em restaurantes ou hotéis valoriza a decoração do ambiente, deixando o lugar com um charme especial, no estilo galeria de arte. E a melhor opção atualmente para conseguir peças artísticas muito próximas às originais é a técnica de impressão “fine art”.
Usada atualmente por artistas, decoradores e fotógrafos em todo o mundo, a impressão fine art se populariza cada vez mais e se torna uma alternativa viável para quem quer decorar um espaço com obras bonitas e bem produzidas. A técnica é realizada com determinadas particularidades que permitem obter uma definição de imagem superior na impressão de fotos, ilustrações, desenhos, colagens ou qualquer outro tipo de representação gráfica, tendo como sua essência a longevidade, conservação e preservação dos impressos.
Com esse procedimento, é possível recriar a exatidão e beleza de uma obra de arte em uma reprodução completa, buscando uma permanência de centenas de anos, assim como acontece com as peças originais. É importante explicar que antigamente, no entanto, eram apenas duas as possibilidades para embelezar o ambiente com uma imagem decorativa de primeira qualidade, fosse uma pintura, gravura ou uma fotografia.
A primeira opção: ter a posse da obra original, a verdadeira e única, criada pelo próprio artista. Mas, o preço a ser pago por uma arte, especialmente àquelas produzidas por grandes artistas, e a unicidade de uma peça desse tipo impossibilitam muito essa escolha. Afinal, não há muitas “Mona Lisa” ou “Noite Estrelada” com a assinatura original do artista espalhadas por aí.
Já o segundo caminho para decorar a casa com telas de artistas renomados era a pura e simples reprodução. A impressão de imagens e obras resultavam em artes sem qualidade, uma imagem feia, borrada e sem graça, que logo se desgastava. A tecnologia era insuficiente para se chegar a qualquer traço de exatidão daquilo que o artista originalmente produziu.
Está interessado em ter a sua arte disponível ao público em uma galeria de fine art? A Urban Arts, por exemplo, disponibiliza dentro de seu site (urbanarts.com.br) uma aba específica para os artistas se cadastrarem, enviarem sua arte em formato digital e, após isso, passarem por uma curadoria, em que são analisados diversos critérios, inclusive direito de imagem.
Entre outros benefícios, o artista recebe 20% de comissão de todas suas vendas através do site e 10% através das galerias físicas, além de ganhar a comissão no momento que a galeria faz o pedido de sua peça para ter no estoque, antes mesmo de ter vendido sua obra.
“Somos uma empresa contemporânea, com uma proposta inovadora de dar espaço para artistas independentes. Nosso acervo está em constante movimento e é composto pelas obras de uma rede de artistas que conta com mais de 210 mil artes, entre abstratos, ilustrações, montagens ou fotos”, explica a proprietária da Urban Arts de São José do Rio Preto.
As qualidades da fine art
Também conhecida como impressão “giclée”, a fine art (em português, “belas artes”) surgiu a partir da década de 1990, em testes feitos por estúdios norte-americanos.
Em poucas palavras, o processo acontece a partir da deposição de tinta especial em papéis de fibra de algodão, alfa celulose e outras mídias de qualidade, usando sempre o mais rigoroso gerenciamento de cor e equipamentos de última geração, tudo sob os cuidados e a atenção de especialistas.
Quando falamos sobre impressão fine art, existem quatro requisitos básicos: impressora de alta definição, tinta de qualidade, papel adequado e monitor calibrado. É extremamente necessário que esses quatro itens estejam em fina harmonia para que o resultado seja alcançado.
A impressora mais indicada, por exemplo, é a de 12 cores com a tecnologia de jato de tinta, pois elas tem a capacidade de trabalhar com papéis de fibra de algodão com diversas gramaturas e texturas. Já a qualidade da tinta é necessária para que ela não danifique o aparelho, sendo o tipo mais indicado a pigmentada, que “gruda” sobre a superfície e apresenta resistência à luz e à água.
No caso do papel, os mais utilizados e indicados são o papel fotográfico Photo Glossy e os papéis de algodão Photo Rag e Canvas, todos de boa procedência. Além disso, é proibido manuseá-los sem luvas de algodão. Por fim, a calibração correta do monitor é essencial para que as cores vistas na tela não apresentem distorções na hora da impressão.
Obras exclusivas
Proprietária da filial da galeria Urban Arts em São José do Rio Preto, a empresária Paola Sardinha Leonardi explica que a fine art pode ser entendida por dois aspectos, sendo eles a impressão propriamente dita, com todas as preocupações com a durabilidade e a fidelidade da imagem, e a arte, seja ela pintura, ilustração ou fotografia.
Para os interessados em adquirir uma obra em fine art, ela comenta que a galeria está totalmente preparada para atender o público final ou especificadores (arquitetos e design de interiores) de forma personalizada. “A partir de um briefing, fazemos uma pré-seleção para seus projetos. É possível também retirar as obras para levar até o local e devolver o que não agradar”, afirma.
Ela explica que a Urban Arts trabalha com quatro tipos de acabamento: pôsteres (com ou sem moldura, em quatro tamanhos diferentes), quadro em tecido canvas (semelhante a uma tela de pintura, chegando até o tamanho de 120 x 160cm), quadro em papel fotográfico (com altíssima resolução na impressão fotográfica) e filete (impresso em vinil adesivo, aplicado sobre uma placa de duratex).
“Todas as obras do acervo podem ser feitas em qualquer acabamento disponível. O conceito da Urban Arts é a democratização da arte. Então, uma mesma arte pode ser reproduzida diversas vezes (com tiragem máxima de 250 peças), em tamanhos e acabamentos diferentes. E todas as nossas artes são exclusivas”, completa Paola.